Tantas vidas

O que você faria se pudesse rever cada pessoa que foi importante na sua vida?
Cada pessoa que fez a diferença, que te deu um momento especial, que te deu suporte em uma hora difícil?
Tantas vidas passam pela nossa vida, ficam um tempo e vão embora.
Muitas vezes a passagem é rápida, dura menos do que você gostaria, mas deixa uma marca tão profunda, tão intensa que se torna impossível esquecer.
E isso é bom, essa renovação que acontece quase que diariamente, isso faz a engrenagem girar, de novo e de novo.
Como o Dave Matthews Band diz "Everything good needs replacing", nada dura para sempre, mas isso não quer dizer que o que se foi não tenha um espaço todo especial dentro de você.
Isso só representa que alguém muito especial se tornou uma memória em seu coração.


Vidas inesquecíveis, momentos incríveis, memórias, sim memórias é o que levamos conosco não importa onde nem quando.
Peguei-me pensando em como me sentiria se compartilhasse um novo momento com os responsáveis pelas boas memórias que tenho, acredito que seja algo inexplicável.

Bem, a verdade por trás de todas essas palavras é o vídeo abaixo, a artista Marina Abramovic reencontra alguém especial, Ulay, no passado eles tiveram uma história cheia de momentos inesquecíveis que durou cinco anos e quando sentiram que era a hora de seguirem caminhos distintos percorreram a Muralha da China, ela por um lado e ele pelo outro, assim se encontraram no meio do caminho e deram um último abraço.
Mas a história não termina por aí, 23 anos depois em uma exposição da retrospectiva do trabalho de Marina, a artista compartilharia alguns momentos em silencio com qualquer estranho que se sentasse em sua frente, eis então que Ulay aparece sem que ela saiba. 
O sentimento que emana dessa cena é indescritível.



Reviravoltas

E a vida é mesmo uma caixinha de surpresas, quando você menos imagina esta namorando, trabalhando em outra cidade, morando em outra casa. Rotina e todo o resto mudaram, mas ainda sim, você é a mesma.
Ao menos tudo mudou para melhor, sinceramente, não me lembro de uma época mais feliz na minha vida. Tenho pessoas maravilhosas ao meu lado, mãe, pai, irmão, namorado, amigos. Digamos que estou em uma fase leve e gostosa. Criei o habito de afastar pensamentos, pessoas e sentimentos que fazem mal, como dizem:
“Seu maior inimigo é você mesmo!”.
Só nós temos o poder de transformar nossas vidas, somos nós que decidimos qual é a importância de cada coisa em nossa vida, um problema pequeno para mim, pode ser grande para você, enfim, meu namorado uma vez me fez assistir a um filme do qual eu só lembro de uma frase:
“Sou senhor do meu próprio destino!”
Acredito que muitas vezes somos mesmo, nossas escolhas fazem toda diferença em nossa vida, porém as oportunidades não estão sob nosso controle e as atitudes e escolhas dos outros também não, e como estes dois detalhes interferem muito no desenrolar de nossas escolhas, acredito que somos senhores de nosso destino até certo ponto. Até o ponto onde vai nossa determinação.



Bem espero que gostem do post e me perdoem pela ausência, pois estava um pouco ocupada sendo feliz.

Hora errada


O bar já estava começando a rodar, tudo que minha amiga falava parecia não fazer sentido, o quinto copo de Martini estava pela metade. Era mais uma noite de sábado comum, no mesmo bar comum e com as mesmas pessoas comuns.

A única incomum era eu, não conseguia entender o motivo de tantas pessoas se reunirem em um lugar para terem uma conversa de cinco frases e depois ficarem se esfregando em seus carros ou em algum canto escuro no bar.

Eu vestia meu vestido vermelho curtinho e usava sapatos pretos de salto altíssimo, modéstia aparte, eu estava arrasando, o que era um desperdício, pois só haviam babacas naquele local.

Olhei para a porta e vi um rosto familiar, mas não dei muita importância, após alguns segundos olhei novamente... Era ele, era o cara mais idiota de toda cidade, entretanto, era o cara mais encantador de toda cidade, ao menos para mim.

Senti o coração saltando pela boca, fazia alguns meses desde a última recaída que tivemos, ele estava sorrindo como sempre, esta cidade pequena sempre foi suficiente para suas poucas ambições, bem diferente de mim, talvez por isso que nosso romance não deu certo.

O sorriso dele misturado a falta de auto-controle que a bebida proporcionava fez com que eu focasse nele e não conseguisse parar de olhar.

- Você poderia ao menos disfarçar.

- Hã? Do que você está falando?

- Nada, nada.

Ele estava aqui, o único homem que fazia sentido para mim, o único que partiu meu coração, o único por quem chorei noites e noites e o único que amo.

Ele sempre disse que eu era a pessoa certa na hora errada, mas não acredito que isso exista, se sou a pessoa certa, então qualquer hora seria certa, se sou a errada, jamais daria certo, como não deu. Seus olhos me atingiram, e meu estomago parecia que iria revirar, ele começou a caminhar em minha direção.

Tentei mentalizar a promessa que havia feito para mim mesma “Nada de recaídas”. Ele andava graciosamente, puxou uma cadeira e se sentou a meu lado. Minha amiga saiu de fininho e foi para outra mesa desocupada. O bar ainda girava e ele me olhava fixamente. Suas mãos pegaram as minhas e sua boca encostou no meu ouvido.

- Vem comigo.

Nessa hora eu sabia que iria me render, levantei e fui. Ele me levou para fora, me encostou em uma parede, primeiro beijou meu queixo, após isso beijou meu pescoço e por último me apertou forte e encostou seus lábios nos meus ardentemente. Meu mundo girava e girava, me sentia no céu, foi quando seus lábios cessaram que pude voltar ao inferno que era minha vida comum.

- Você ainda é única, a única em meu coração... Agente se vê por ai.

Ele me beijou rapidamente e se foi.

Lá estava eu, sozinha, bêbada e com o coração em pedaços novamente, não conseguia entender porque não conseguia resistir a ele, como poderia ser tão fraca, ele já dera inúmeras provas de que não era confiável.

Talvez eu fosse a pessoa certa na hora errada para ele, mas ele foi a pessoa errada na hora certa para mim.



Estava um pouco sem tempo para postar por aqui, mas consegui um tempinho, espero que gostem.

Beijinhos.

A Casa de Bonecas


Aquela casa de bonecas, era lá que ela vivia, ninguém a alcançava, ela só saia quando bem entendia, ou seja, quase nunca, pois o mundo lá fora lhe dava arrepios.
Ela não era mais uma criança, mas também não era mulher, estava em fase de transição se é que me entende, o medo do escuro havia sido substituído pelo medo de coisas palpáveis, e era lá, naquela casa de bonecas de teto cor de rosa que ela se escondia. A porta da casinha vivia trancada, por mais que batessem na porta ela não recebia visitas, isso seria contra as regras.
Em um dia de primavera, um jovem se aproximou da casa e observou com seus grandes olhos o que se passava em seu interior, lá ele pode ver uma pequena moça que mais parecia uma boneca de porcelana, ele chamou, bateu, gritou, mas ninguém atendia a pequenina porta, então ele passou a ir todos os dias observar a menina pela janelinha e a cada dia que se passava ele ficava mais e mais fascinado.
No começo a menina ficou assustada, pois ninguém passara tanto tempo a observando, a maioria das pessoas observava um pouco e logo perdia o interesse, mas o rapaz de grandes olhos não, ele sempre estava ali. As vezes ela o observava também, imaginando como seria se ela abrisse a porta, mas o medo do mundo logo vinha. Essa rotina durou algumas semanas, até que um dia ela decidiu abrir a porta e convida-lo a entrar.
- Moço dos olhos grandes, vejo que todos os dias fica observando minha casa e não entendo seus motivos, sei que as pessoas tem curiosidade sobre minha casa, mas sua persistência em me observar chamou-me a atenção. Gostaria de entrar e matar sua curiosidade sobre a casa de bonecas?
O jovem parecia surpreso e maravilhado.
- Pequena menina de pele de porcelana acho que você se equivocou em suas conclusões, é claro que eu adoraria entrar e conhecer a casa de bonecas, mas eu a observo todos os dias por outro motivo e não acho que eu consiga entrar na casa, pois sou muito grande.
A pequena garota pensou e pensou, qual outro motivo haveria para ele ir todos os dias observa-la se não a casa e estava bem obvio que ele jamais conseguiria entrar na casa.
- Ao invés de eu entrar na casa a senhorita poderia sair, o que me diz?
O medo do desconhecido era grande, mas ela sempre teve curiosidade sobre o mundo e aqueles grandes olhos pareciam confiáveis, então ela aceitou o convite.
O jovem de olhos grandes estendeu a mão e a menina subiu nela, ele a levou para conhecer o mar, mostrou as colinas cheias de grama e ela pode ver mais de perto tudo aquilo que só via pela janela da casa de bonecas.
Os passeios se tornaram diários e a cada dia ela conhecia algo novo, mas o que ela não percebia era que ela estava conhecendo aquilo que chamamos de amor, ela queria que o jovem entrasse em sua casa de bonecas e conhecesse todo seu mundo, mas ele era grande demais para entrar lá.
Ele com seus grandes olhos que já haviam visto muita coisa nesse mundo se apaixonou pela pequena e inocente menina, que do mundo só conhecia o que ele havia lhe mostrado, mas ele sabia que esse inocente amor não daria certo, ele era grande demais para entrar na casa de bonecas e ela muito pequena e frágil para o mundo lá fora.
Onde eles poderiam viver?

No final da primavera ele a deixou na casa de bonecas e disse seu ultimo adeus, a pequena garota que pouca coisa conhecia do mundo conheceu o gosto amargo do abandono, ela se trancou na casa de telhado rosa e se recordou de tudo que havia conhecido com o jovem de olhos grandes por todo o verão.
Quando o outono chegou aquela garota que no inicio não era nem criança nem mulher já havia se transformado em uma forte e linda mulher que não queria mais saber de ficar trancada em uma casa de bonecas, assim que ela colocou os pés para fora da pequenina casa como um passe de mágica ela cresceu e percebeu que nunca mais poderia entrar na casa de bonecas, isso doeu um pouco nela, mas a satisfação de encontrar o jovem de olhos grandes apagou toda essa dor e hoje eles vivem felizes, não felizes para sempre, mas felizes em boa parte do tempo.




Mais um conto feito com muito carinho para vocês!


Mil beijos açucarados, até a próxima!!!

Confissões de um MIGUXO


Lembro como se fosse hoje, mas já faz uns três anos, ela estava lá, linda, com seus cabelos castanho claro cheio de mechas loiras, era tão miudinha, mas mesmo assim marcava presença. Até ai tudo bem, era só mais uma garota que eu iria conhecer, pensei, estava enganado, ela não era só mais uma garota, ela era “A” garota.
No começo conversamos pouco, já que nossos amigos em comum estavam junto, ela não falava muito, pois era tímida, o que fazia meu interesse crescer mais.
Com o passar do tempo acabamos nos tornando amigos e eu comecei a nutrir um certo interesse por aquela menina pequena de cabelo loiro, ela começou a se mostrar bem mais falante, conversávamos sobre tudo e sempre que tinha chance eu a abraçava, ela também era muito carinhosa sabe, só que ela era carinhosa com todos, mas mesmo assim eu acreditava que ela sentia alguma coisinha por mim.
Passou mais ou menos um ano e nós ficamos muito amigos, muito amigos mesmo, do tipo que briga pelo topo dos depoimentos do orkut ou que posta prints de conversa do msn. Meu sentimento por ela crescia a cada dia, estava ficando insuportável vê-la e não poder dizer o que sentia, então decidi me declarar, o máximo que podia acontecer era receber um não, novamente estava enganado.
Eu comecei dando indiretas, sabe, assim ela não seria pega de surpresa, não sei dizer se ela percebeu, acredito que sim, mas ela jura que não. Eu dizia coisas do tipo, “o amor pode estar ao seu lado” ou “você precisa gostar de quem gosta de você, não desses babacas que nem te ligam para dizer boa noite” - eu ligava toda noite para dizer boa noite - se ela não percebeu, é porque é muito burra.
Decidi me declarar no sábado, depois de irmos ao cinema, claro que a galera ia junto, mas eu conversei com eles então todos dariam um jeitinho de nos deixar a sós.
O grande desastre aconteceu na sexta feira, eu acompanhei ela até a livraria, ela estava impaciente, mas eu achei normal já que vira e mexe ela fica assim. Então ela me chamou pelo nome, o que ela nunca faz porque sempre me chama de Teddy, não me pergunte de onde ela tirou esse apelido porque isso faz com que eu fique pior, mas voltando, ela disse meu nome e eu a olhei alarmado, pois antes de saber o significado de Teddy até gostava do apelido.
Agora vem a parte mais triste da história.
Ela me abraçou e disse que eu era o melhor “MIGUXO” dela. Isso realmente me destruiu, eu preferia que ela me chamasse de gay ou qualquer outro nome, mas MIGUXO? Isso detona qualquer um, principalmente quando vem da garota pela qual você é apaixonado.
Eu engoli seco e dei aquele olhar “se você me chamar assim de novo eu te mato” para ela e nós seguimos para livraria sem mais nenhuma palavra.
Eu estava liquidado, naquele dia nem entrei no msn pra conversar com ela, deitei na cama e dormi para tentar esquecer dessa maldita palavra, mas parecia que ela ecoava na minha cabeça. Miguxo... Miguxo... Miguxo...
Quando acordei no sábado decidi ver a situação de outra forma, ela poderia estar querendo demonstrar afeição, eu gostava muito dela e não desistiria assim tão fácil.
Segui o plano como combinado, ela não desgrudava das amigas, mas a galera deu um jeito de fazer com que ficássemos sozinhos, eu estava meio sem jeito, sabe com é, chegar em uma qualquer é fácil, mas quando você gosta da garota ai complica.
Enfim, eu me declarei, foi mais difícil do que imaginava, eu disse que era apaixonado por ela desde que nos conhecemos, mas que queria a confiança dela antes de qualquer coisa, sabe o que ela me respondeu?
Ela simplesmente disse somos muito amigos, você é como um irmão pra mim, jamais estragaria nossa amizade, vamos ser só amigos.
Isso doeu, não mais que o miguxo, mas foi parecido.
Ela continuou agindo como se nada tivesse acontecido, eu até tentei, juro que tentei, mas era difícil fingir que nada aconteceu, tentei convence-la a me dar uma chance umas outras quatro ou cinco vezes, mas não adiantou, não conseguia entender, ela não me queria porque éramos amigos? Então ela queria o que? Um inimigo?
Ainda gosto dela, mas desisti de tentar, até porque seria chato tentar pela quinta ou sexta vez, e também porque descobri o porque ela me chama de Teddy, e odeio esse apelido tanto quanto miguxo, simples ela diz que Teddy é nome de ursinho, e que eu sou um ursinho de pelúcia para ela. As mulheres as vezes são tão insensíveis.



Espero que gostem desse conto.
Milhares de beijos e até a próxima.

Indignada

Dessa forma que me sinto, eu ia postar um conto, mas aconteceu algo esse final de semana que preciso dividir,

Eu voltava de Campinas com mais três amigas, era por volta de quatro e meia da madrugada, preferimos não desviar do pedágio, pois achamos um tanto perigoso devido ao horário.

Um policial militar acenou, então fomos para o acostamento, ele seguiu o procedimento de praxe, pediu os documentos do carro a carteira de habilitação da minha amiga que estava dirigindo e vistoriou rapidamente o carro, por um pequeno descuido o carro estava com uma irregularidade, então o policial fez minha amiga segui-lo até a sala. Ela estava desesperada pensando no valor da multa e nos pontos que perderia.

Agora vem a parte nojenta da história.

Minha amiga quase chorando só de pensar na multa e na bronca que levaria, em um ato desesperado pede ao policial que por favor nos liberasse. O policial simplesmente pediu um beijo em troca! Isso! Um policial, casado e em horário de serviço tem a cara de pau de pedir um beijo a uma moça solteira em troca de libera-la sem nenhuma multa.

Na hora ela não acreditou e perguntou se ele estava brincando, ele simplesmente respondeu que não estava brincando. Ai começou a choradeira, o que foi bom, porque acho que por trás de todo “mau caratismo” ele ainda tinha um pouco de compaixão e nos liberou sem que ela precisasse beija-lo.



Mesmo assim, é algo que temos que protestar, onde já se viu, o povo tendo que se defender de seus próprios defensores, é ridículo, alias é mais que ridículo, é repugnante e inescrupuloso.

Por isso que a segurança particular cresce tanto, já que a pública ao invés de prender os bandidos gasta seu tempo com safadezas e falta de caráter (salvo algumas exceções).

As pessoas crescem sem os princípios básicos de educação e moral, não que eu seja moralista, longe disso, mas essa atitude do policial, uma pessoa que devia mostrar-se integra já que serve o povo, essa atitude mais uma vez mostra como nosso sistema é falho e despreparado e o porque muitas vezes tenho vergonha de ser da mesma espécie de um sujeito grotesco desses.



Bem meus leitores lindos, amanhã ou depois eu posto mais um conto, não podia deixar de compartilhar isso com vocês.
Beijos, logo estarei de volta.

Um CONTO que eu conto!


Estava sentada em frente ao lago, abraçava meus joelhos para me sentir mais confortada, aquele lugar era onde eu conseguia clarear minha mente para poder tomar decisões importantes. As últimas palavras dele não saiam da minha cabeça. “Eu te amo mais que tudo, mas não quero ficar com você!”. Como alguém pode dizer isso? Como alguém pode amar e não sentir vontade de estar com a pessoa amada? Isso vai contra todas as minhas teorias!
Eu tinha serias dúvidas sobre a sanidade deste rapaz em questão, ou talvez, fosse eu a louca por ainda acreditar em algo que já estava acabado, ao menos por parte dele, porque para mim não havia acabado, alias nunca acabará.
Ele sempre foi doce e gentil, até mesmo quando éramos somente amigos me trazia chocolate todos os dias. Ele dizia que o sabor doce do chocolate arrancava a amargura da vida, o que de fato é uma mentira, pois como chocolate todos os dias para tentar aplacar a amargura que a partida dele deixou em mim e até hoje não funcionou, para ser sincera até piorou, pois sempre que enfio um chocolate goela abaixo acabo lembrando dele e o doce fica amargo, mas não vou parar de comer chocolates, pois confio nele e em suas loucas teorias (ele tinha muitas) e sei que um dia o doce voltara a ser doce, eu espero.
A questão é, ele se foi, simplesmente me deixou. Injusto não é? Sempre estive com ele nas dificuldades e ele vai embora assim, dizendo que me ama e não me quer. Gostaria de saber o por que disso tudo, por que as pessoas são tão complicadas?
Poxa! Eu queria estar com ele, para o que der e vier, admito que nunca demonstrei muito o que sentia, mas não foi por mal, foi só porque tenho uma teoria a respeito de demonstrações de afeto. Pois é, sou a garota das teorias, mas essa é uma teoria que na grande maioria dos casos é comprovada, é o seguinte, o amor se alimenta da insegurança, claro que há um limite de insegurança, não vamos deixar a pessoa achando que não sentimos nada, também porque ai elas pulam fora, mas se deixarmos a dúvida no ar... Ai sim fisgamos o peixe, e que peixe!
Bem como disse funciona na maioria dos casos, no meu não funcionou muito bem, alias até que funcionou, pois ele disse que me amava. Agora, por que raios ele não me quer?
Os homens têm uma mania de complicar tudo! Talvez ele queira curtir a vida com umas perdidas por ai e depois voltar pedindo perdão, mas se for isso eu não aceito! Tenho meu orgulho próprio. Se bem que, eu o amo tanto, é difícil para eu admitir, mas é a pura verdade, não sei se resistiria a ele com todo aquele charme e carinho pedindo meu perdão, só de imaginar os olhos castanhos dele já me derreto toda.
Não! Preciso ser forte! Se ele não me quer, eu encontro alguém que queira e esqueço dele!
Droga de telefone que não para de tocar, já é a sexta ligação, será que não percebe que não quero atender?!
- Alô!
...
- Mais noticias ruins? Pode falar, eu agüento, já estou no inferno mesmo.
...
(Algumas lágrimas começam a escorrer).
- Morreu? Como assim? Ele... Ele...
...
- Câncer de pulmão? Ele nunca me falou nada, há três meses que não nos falamos (entre soluços).
...
- Me poupar? Como ele poderia me poupar?
...
- Pois que ele ouça de onde estiver, a única coisa que ele me poupou foi de passar mais tempo ao lado da pessoa que tanto amo. Ele me privou de dar e se privou de receber todo amor que eu tinha para ele! Foi isso que ele fez! Como ele pode ser tão idiota! (desliga o telefone aos prantos).


Caríssimos leitores, este foi meu primeiro conto, então não sejam tão rigorosos, prometo escrever outros, além do meu livro, é claro (espero que termine até o final do ano...rs).

Muitos beijos, até a próxima.